terça-feira, 20 de junho de 2023

Historias Curtas de Terror #1

Capítulo 1: Preso na Escuridão

 

            Estava deitado na minha cama, pronto para cair em um sono tranquilo. A noite estava quieta e o ambiente parecia pacífico. No entanto, mal sabia eu que uma terrível experiência estava prestes a começar. Enquanto dormia, algo estranho aconteceu. Abri os olhos e percebi que não conseguia me mover. Meu corpo estava paralisado, e uma sensação de opressão tomou conta de mim. Olhei ao redor e vi a sombra de uma figura se movendo no canto do quarto. Era uma silhueta escura, sinistra e imponente. Tentei gritar, mas nenhum som escapou dos meus lábios. Minha mente estava lúcida, mas meu corpo estava completamente imobilizado. A sombra se aproximou lentamente, e um sentimento de medo intenso tomou conta de mim. Era como se estivesse sendo observado por algo maligno.
A figura se aproximou cada vez mais, até que pude sentir sua presença gelada ao meu redor. Tentei fechar os olhos, rezar para que aquilo desaparecesse, mas nada funcionava. Era uma tortura silenciosa, preso em meu próprio corpo enquanto uma presença desconhecida me assombrava. Os minutos pareciam horas, e a sensação de desespero crescia a cada segundo. Finalmente, com um último esforço de vontade, consegui mover um dedo. A sensação de paralisia começou a desaparecer gradualmente, até que finalmente consegui me libertar daquele terrível estado. Ofegante e em pânico, olhei em volta. O quarto estava vazio. A sombra havia desaparecido, deixando apenas um ar de mistério e medo. Passei o resto da noite acordado, com medo de fechar os olhos novamente.
Na manhã seguinte, compartilhei minha experiência com amigos e familiares, esperando encontrar uma explicação racional para o que havia acontecido. No entanto, à medida que contava minha história, percebi que todos estavam perturbados. Eles pareciam saber de algo que eu desconhecia.
Foi então que meu avô, com um olhar sombrio, revelou a verdade. Aquela casa onde vivíamos era assombrada há décadas. Uma entidade maligna vagava pelos corredores, atormentando os incautos durante a paralisia do sono. Muitos já haviam experimentado o mesmo terror que eu enfrentei. Com um sentimento de horror profundo, percebi que minha experiência não era apenas um caso de paralisia do sono. Era uma assombração real, e eu estava preso em um pesadelo que não tinha fim.
A entidade sombria ainda estava por perto, esperando por sua próxima vítima. O medo se instalou em meu coração, pois eu sabia que nunca mais estaria seguro novamente. A escuridão havia se tornado minha companheira constante, e eu estava condenado a viver no limiar entre o sono e o pesadelo.

 

Capítulo 2: O Último Suspiro

 

            A escuridão da noite engoliu a casa enquanto eu me acomodava na cama, temendo o que estava por vir. Eu sabia que a entidade maligna estava esperando nas sombras, pronta para reivindicar sua próxima vítima. Apesar de todo o meu medo, eu não poderia fugir do destino que se aproximava rapidamente.
Adormeci relutantemente, esperando evitar outra experiência aterrorizante de paralisia do sono. Mas, infelizmente, a paz que tanto desejava não estava destinada a mim. Novamente, acordei em um estado de completa imobilidade. A presença maligna se manifestou, sua essência sombria pairando sobre mim como um manto sinistro. Meus sentidos foram invadidos por uma mistura de terror e agonia enquanto a figura sombria se aproximava cada vez mais. Um arrepio percorreu minha espinha quando sua presença malévola se intensificou ao meu redor.
Uma onda de angústia se espalhou por todo o meu corpo, fazendo com que meu coração batesse descompassadamente. A escuridão ao meu redor parecia se solidificar, como se o próprio ar se tornasse mais pesado e difícil de respirar. Minha pele formigava como se centenas de pequenas agulhas a perfurassem. Olhei nos olhos sombrios da entidade e senti uma onda de desespero profundo me dominar. Era como se ela estivesse sondando minha alma, buscando todos os medos e fraquezas que eu escondia no mais profundo de mim mesmo.
Então, uma pressão crescente se formou em meu peito, como se mãos invisíveis estivessem me apertando com força implacável. Minha respiração se tornou entrecortada e dolorosa, enquanto a figura me mantinha cativo em seu domínio sinistro.
 Uma dor lancinante percorreu todo o meu corpo, uma dor que parecia vir de um lugar além do físico. Cada fibra do meu ser gritava em agonia enquanto a entidade se alimentava da minha energia vital, consumindo-a implacavelmente. Minha visão começou a ficar turva, as cores se desvanecendo diante de mim. As vozes ao redor se transformaram em murmúrios distantes, ecoando em minha mente atormentada. Eu sabia que estava perdendo a batalha, que a morte me cercava de todos os lados. Então, em um último suspiro de vida, senti uma sensação de vazio e escuridão absoluta me envolver. Minha consciência se desvaneceu, deixando apenas um vazio silencioso em seu rastro.
E assim, meu corpo sem vida permaneceu naquela cama, marcado pelo toque gélido da entidade maligna. Minha alma estava condenada a vagar na escuridão, um eterno espectro assombrado por um destino trágico e perturbador.

 

Capítulo 3: A Assombração Eterna

 

            Após minha morte prematura, minha alma mergulhou na escuridão profunda do desconhecido. No entanto, algo terrível aconteceu na transição entre a vida e a morte. Minha essência foi corrompida e transformada em uma criatura sombria, uma manifestação grotesca do que um dia fui. Sem memória de quem eu era, eu me tornei uma assombração amaldiçoada. Meu novo propósito era atormentar minha própria família, aqueles que eu mais amara em vida. A cada noite, emergia das sombras para semear o medo e a angústia em seus corações.
Minha família, incapaz de entender a origem de sua tormenta, lutava desesperadamente contra o mal que agora habitava sua casa. Eles sentiam minha presença maligna, ouviam meus sussurros distorcidos e testemunhavam os eventos sobrenaturais que ocorriam à sua volta. Mas eles não faziam ideia de que eu era a causa de todo aquele terror.
Eu os observava de longe, como uma sombra silenciosa. Meu coração estava vazio, desprovido de qualquer emoção humana. Eu me alimentava da aflição deles, uma fonte sombria que me dava força e prazer perverso.
 A casa que um dia fora meu refúgio agora se tornara um lugar de pesadelo. Móveis se moviam sozinhos, objetos voavam pelos cômodos, sombras dançavam nas paredes. Minha família se via presa em um ciclo interminável de medo e desespero. Eu os observava enquanto dormiam, esperando o momento perfeito para me revelar. Durante a noite, envolvia-os em uma paralisia do sono, como a que eu mesmo experimentei em vida. Eles se debatiam, impotentes, enquanto eu os cercava, minha presença sufocante os envolvendo.
Aos poucos, eles perdiam a vontade de lutar. A luz da esperança em seus olhos se apagava, substituída pelo vazio e desespero que agora permeavam suas almas. Eu os transformava em sombras de si mesmos, como eu me tornara. E assim, a maldição persistia, indefinidamente. Eu era a assombração eterna, condenado a atormentar minha própria família pelos séculos vindouros. Nunca haveria paz, nunca haveria redenção.
Nem mesmo a morte poderia libertar minha alma da escuridão que agora me envolvia. Eu era uma aberração, uma criatura sem esperança, condenada a vagar para sempre como uma lembrança distorcida do que um dia fui.
 Aqueles que ousarem se aventurar na casa onde minha família sofreu seu destino cruel sentirão minha presença maligna. Pois eu, a criatura sem nome e sem passado, continuarei a assombrar aqueles que se atrevem a entrar em meu domínio.

 

 

 

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